Durante o tempo em que eu estive em São Paulo por
diversas vezes o pai do Ben quis voltar. Foi quando ele me disse que diante de
tudo o que eu estava dizendo ele faria algo, que antes ele estava pensando em mim e
no bebê’’ mais que diante de todas essas palavras ele tomaria providencia’’. Eu
disse que criaria o meu filho e ele também teria a oportunidade de criar o Ben,
mais que não faríamos isso junto. Tudo o que ele me disse foi: Sem a sua
família por perto. Ate hoje tento compreender exatamente o que ele desejou
dizer com essa frase.
Na mesma semana meus dois irmãos que se envolveram na
confusão recebeu uma notificação, ele havia aberto um processo. Posso dizer que
a confusão foi feia e que se eu estivesse lá no dia eu teria tido uma reação
possivelmente pior do que a que eles tiveram. Não devemos odiar o próximo e
muito menos a ‘’sogra’’, mas devo confessar que algumas têm o dom de serem
completamente desprovidas de sentimentos. Com a mistura de sentimentos que
estava passando dentro de mim a cada vez
que meu telefone tocava com uma nova noticia, de maneira alguma eu teria ido lá
e os abraçado. Apesar de que um bom cristão o faria.
Tem-se algo que eles reclamam ate hoje é que no dia em
que o pai do Ben veio conversar com meus pais eu não participei e que no dia da
confusão eu também não estava lá. Na visão deles eu deveria estar, mais para
minha família eu não tinha condições para isso então eles evitaram comentar
comigo sobre os problemas que aconteciam,mais nada disso me impediu de ficar
sabendo.Houve 2 conversas a primeira eu participei, mais no dia em que ele veio
ate minha casa conversar com minha família eu não participei.
Ele me ligou na semana em que deveria depor para
‘’possivelmente’’ voltarmos, acredito que caso isso acontecesse ele retiraria a
queixa e tudo ficaria ‘’bem’’. Em todo tempo ele me pediu para pensar no nosso
filho. Às vezes eu pensava em ceder e resolver tudo, mais eu ainda tinha
dignidade não poderia abrir mão disso. Eu poderia abrir mão disso passar o
resto da minha vida com uma pessoa e ser infeliz e trazer meu filho para um lar
infeliz ou me arriscar sozinha. Eu repetia pra mim mesma todos os dias : Não é
fácil ser uma mãe solteira, Mais eu vou da o meu melhor e vou conseguir.
As pessoas dizem que todo criança merece um lar, sim
merece. Mais um lar, não um campo de batalha.Eu estava disposta a construir uma
família, não tínhamos nada, mais eu começaria tudo do zero sem medo algum.Com
meus pais foram assim, com varias pessoas foram assim e comigo poderia ter sido
assim. Só que damos um passo desse com um homem, não com um moleque.Alguém que
te desonra com mentiras diante das pessoas que você ama e ainda ofende sua família, não é digno da menor gota
de confiança que você possa ter.
Em todo o mundo existem
milhares de adultos que tem marcas profundas devido ao lar em que cresceram.
Pessoas que lutam para superar traumas de um lar onde precisavam lutar para
sobreviver, um campo de batalha onde sempre saiam feridos. Precisavam se decidir por algum lado quando ainda não sabiam decidir nem o que queriam comer.Não desejo isso para
o meu filho.Cria-lo poderá ser a coisa mais difícil que farei em toda minha vida, mais
que tenham certeza que darei o meu melhor.
Não tenho mais nenhum contato com a família paterna do Ben,
às vezes eu fui bem dura no que disse. Mais não me arrependo das minhas
decisões, sinto que um dia eu vou poder olhar nos olhos do meu filho e dizer :tudo o que eu fiz foi por você. Poderia ter feito diferente? Sim, mais não
seria o meu melhor, seria o meu medo tomando o lugar da razão. Durante muito tempo
eu deixei que falassem por mim, que decidissem por mim e ate que pensassem por
mim. Essa foi minha primeira decisão, dessa vez eu fiz com que me escutassem.
Fiz pelo meu filho, faria tudo de novo.
"Deus sussura a nós na saúde e prosperidade, mas, sendo maus
ouvintes, deixamos de ouvir a voz de Deus. Então Ele gira o botão do
amplificador por meio do sofrimento. Aí então ouvimos o ribombar de Sua
voz."
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